quinta-feira, 1 de março de 2012

ONIRA.......UMA NINFA.........A ENCANTADA GUERREIRA E SÁBIA......



Oyá Onira... 

Itan-"Existia nas terras de Irá, uma linda jovem chamada Òníra (senhora de Irá), ela sempre comandava seu povo com sabedoria, porém tinha um grande problema: Adorava lutar e se sentia bem em matar seus inimigos. Òníra era descontrolada quando tinha em punho sua adaga de guerra. Certo dia enlouqueceu, chegou a um vilarejo e matou todos que ali encontrou. Os sábios da cidade de Irá resolveram procurar Osàlá para que ele na condição de Rei mandasse Onira parar de matar. 
Òníra recebeu o recado que Osàlá queria vê-la e foi até Ilè Ifé (palácio de Osàlá). 





Chegando lá Osàlá assustou-se, pois as roupas de Òníra eram vermelhas com o sangue de suas vítimas. Ela ajoelhou-se e perguntou o que o grande Rei queria. Osàlá mandou que trouxessem uma grande quantidade de Efun (seu pó branco sagrado). Pegou seu pó e jogou sobre Òníra. Na mesma hora suas vestes de cor vermelha, tornaram-se rosa, por causa da mistura do pó branco com o sangue. Ele ordenou que Òníra não matasse mais ninguém, que ela jamais vestisse vermelho em público e rosa seria sua cor, já que ela era uma moça tão quente, fosse morar nas águas doces junto a Òsún. 




E lhe disse: 

Òníra minha filha és uma moça tão bela, tão doce, por que matas? 
- Sinto-me bem quando tiro a vida de alguém, mais sei que isso não é certo… 
Foi então que Osàlá teve uma idéia: 
- Já que você gosta de lidar com a vida e com a morte, você terá junto com Oya o domínio sobre os eguns. Não tirarás mais a vida de ninguém, apenas irá conduzir os que já se foram. 
- Seu desejo é uma ordem, mais só não quero que tires minha adaga. 
- Sim, mais agora vá morar nas águas doces com Òsún. 
Onira obedeceu e foi morar com Òsún. 




Chegando lá Òsún ria e debochava dela, mas resolveu ser sua amiga. Porém Onira muito mal humorada, não queria conversa. Até que um dia, com tédio, ela adormeceu sobre uma pedra, as águas subiram e ela estava morrendo afogada, Òsún vendo, mergulhou e foi salvá-la, chegando lá Òníra estava quase morta. Òsún fez um feitiço e na mesma hora Òníra reviveu e transformou-se em uma espécie de lava que correu rio a fora. 



Onira transformou-se em um rio de fogo. Òsún pensou que Onira havia morrido, chorou por horas sem saber o que diria a Osàlá, já que ele a incumbiu de tomar conta da moça atrevida. Foi então que surgiu uma linda Borboleta de cor salmão com tons alaranjados, que voava ao redor de Òsún. Ela tentou pegá-la, que voou para dentro da floresta, Òsún seguiu a Borboleta que parou em frente a uma árvore e tomou a forma da linda Òníra. Òsún não acreditava no que via, e ela lhe disse: 
- Por que choras? Estou aqui viva, e graças a você! 
- Graças a mim porque? Eu não fiz nada… 
- Na hora em que eu estava morrendo você fez um feitiço e dividiu comigo todo o seu encanto. Agora sou uma NINFA (mulher encantada) assim como você; posso ser um RIO de FOGO nos meus momentos de ira, posso ser um BÚFALO quando eu quiser ficar sozinha e me transformo na mais bela BORBOLETA quando estiver feliz. 



























Òníra foi até Osàlá lhe contar o ocorrido, ele ficou feliz mais sabia que toda esta mudança jamais acalmaria Òníra, e que por dentro ela ainda seria aquela guerreira incansável. Mandou-a então morar com Oya e aprender o domínio sobre os Eguns. 


Depois Òníra Mudou-se e foi viver com Òsóosí, e como ela foi criada por caçadores, sabia caçar como ninguém. E Òníra morou com quase todos os Òrisás, aprendendo tudo que eles sabiam fazer.”



















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